Lei Seca

Um espaço para discutir as grandes questões. Editor-chefe: Luiz Augusto

Nome:

Advogado, vive em São Paulo

quinta-feira, novembro 22, 2007

O patrão

Um sábado. Rodando pelas ruas de São Paulo um anúncio me atrai. Um grupo de mocinhas escaldadas de sol segurava as placas de um empreendimento, o Les Jardins. Tudo na planta, nada de obra ainda.
Estaciono no terreno, onde um stand de vendas atraia a possível clientela com crepes na chapa, café e refrigerantes. Muita gente de olho, circulando. O croqui promete 300 metros quadrados exclusivos. Estilo neo-clássico, apenas oito andares por torre, num terreno enorme. Piscina com bar tropical. Ofurô. Bosques particulares com trilha e área de Tai Chi Chuan. Academia, pista de skate, playground, tudo para que não seja preciso encarar a vida lá fora.
Visito o apartamento decorado. Geladeira com água na porta. Uma sala gigantesca. Varanda com churrasqueira. Adega de vinhos. Suítes. Escritório. Banheira. Closet.
Começo a imaginar a minha vida ali. Todos os bons ingredientes estavam lá. Acordaria de manhã, ao lado de minha mulher. Enquanto ela ainda dormisse, eu iria, pensativo, para a varanda, envergando um roupão de seda. Acenderia um charuto e olharia o bosque debruçado na amurada. Daria um sorriso de satisfação e circularia pela casa ainda silenciosa.
Após apanhar os jornais na porta e um copo de água gelada (sem abrir a geladeira, claro) encheria a banheira redonda. Ficaria por uma hora na água morna, lendo os jornais e terminando o charuto, refestelado, alheio, rico.
Em seguida, iria até o escritório. Refugiado do mundo, escreveria uma crônica no notebook, ao som de música clássica e dos pássaros do bosque. Para relaxar, ligaria um show de rock no home theather, ou um filme clássico. Som e imagem perfeitos. Olharia para a churrasqueira e, mesmo sem saber assar nada, ficaria satisfeito de saber que eu poderia andar até lá e fazer churrasco um dia, se eu quisesse.
Minha mulher, talvez algum filho, me tiraria do sossego, sedentos de atenção. Um dia perfeito.
Um corretor me chama de volta à realidade. Diz qual é o preço daquele estilo de vida. O financiamento brutal. Muitos anos de prestação. Taxas de corretagem e outras cositas mais. Só à custa de muito sacrifício e dívida aquele recanto seria meu. Não era para já. Quem sabe daqui a alguns anos?
Naquele exato momento alguns abonados investidores portugueses, na mesa ao lado, compravam oito unidades, para revender. A corretora não continha sua felicidade, bafejada pela sorte de ter atendido eles, e não eu, que fora lá apenas filar um cafezinho e xeretar.
Entendi afinal o que é chegar lá. Digo isso sem qualquer crítica a qualquer sistema econômico que seja. Todos são iguais na criação de castas privilegiadas. É assim desde que o mundo é mundo. Quem pode se isola. Os classe AAA vivem em suas mansões e vilas. Voam de helicóptero, não pegam trânsito, não esfregam seus ombros com a multidão. No lado oposto, divide-se tudo. Reparte-se espaço no metrô, no ônibus, na rua. Tudo lotado, sujo, escasso e poluído.
No meio do caminho, a classe média tenta para obter para si um pouco de espaço, onde ainda lhes restar. No bairros centrais de São Paulo é tudo caro e não resta mais nada. Seguem rumo às fronteiras do mercado imobiliário, onde ainda há verde e terrenos. Pedem e são atendidos em seus desejos por condomínios fechados e sossego. Se possível, com uma fachada neoclássica.
E por que não eu? Um dia lançam outro Les Jardins. Aí será minha vez de ser patrão. Um canto meu, longe da fúria do mundo. Talvez, se não fosse pedir muito, sem neoclassicismo ou novo-riquismo de qualquer espécie. Também não vejo uso para a pista de skate.
Seria bom apenas viver num país em que esse sonho não fosse considerado como alienação burguesa, tomado que ele está de toda aquela bobagem de esquerda. Numa verdadeira liberdade as pessoas seriam deixadas em paz para perseguir isso, se é o que elas querem.

quarta-feira, novembro 21, 2007

Acepipes, quitutes e baculejo

Certa feita fui convidado para uma festa-surpresa de aniversário. De outra pessoa. Se fosse minha não faria jus ao nome. Veio tarde. Já tinha idade suficiente para ter ido em várias, mas aquela foi a primeira.
Como funciona? Os convidados chegam cedo e, lógico, antes do aniversariante. Geralmente é organizada por um parente próximo que resida junto com o homenageado. No caso, era a esposa de um amigo meu a anfitriã. Fomos bem recebidos com vinho e com a chamada “finger food”, acepipes que podem ser comidos com os dedos. É até meio chato com o aniversariante, que perde parte da comida e da festa. O segredo está em fazer os alimentos durarem até a sua chegada, pelo menos.
E houve este risco. Nosso homenageado não chegava. É um workaholic, trabalha muito, e ficou ainda preso no trânsito. Mas, enfim, foi anunciada sua chegada. Ele está subindo, dizia o porteiro.
Apagam-se as luzes. Todos se escondem. Numa comédia ruim, todos pulariam de seus esconderijos quando a vítima entrasse, e esta teria um infarto ou síncope, gerando algumas risadas na platéia.
Nesta festa, ficamos apenas na expectativa. As velas foram acesas. A cera derretia no bolo, já nas mãos da dedicada esposa, e nada de seu marido chegar. Os números que formavam os anos de vida já estavam quase na lona quando este enfim entrou. Parabéns! Viva! Foi surpresa real para ele. Eu sempre achava que os homenageados sempre suspeitavam de algo.
Rolava a festa, que se transforma num evento normal após a chegada. Todo mundo relaxa, os momentos pré-chegada são muito tensos.
Conversava na varanda com o meu amigo quando deparo num outro evento na calçada, oito andares abaixo. Uma viatura de polícia, com estrépito, sobe a guia e intercepta um elemento na calçada, que pedalava uma bicicleta, fechando a passagem. Sua magrela cai no chão e ele é rendido, logo sendo levado pelos policiais a assumir a posição clássica de detenção. Pernas afastadas e mãos na parede. O que os populares chamam de “baculejo”.
A palavra me veio imediatamente à cabeça. Consulto o Aurélio. Entre a palavra bacul (bastão, caule) e baculífero (planta cuja haste pode servir de bastão ou bengala) não há nada, onde deveria estar baculejo, termo pelo qual o povo conhece a revista pessoal.
Pois bem, de volta ao baculejo em questão. Continuo de olho na cena. Meu amigo não parece muito interessado. Estranho essa indiferença. “Você está vendo isso?”
“Ah. É um malandro que roubava bicicletas aqui na área. A polícia já estava de olho nele”.
Parecia que ele falava de um ladrão de estimação da vizinhança. “Que danado. Levou outra bicicleta”...
Fim da linha para o bandido. De lá eu podia ver até o seu rosto e sua expressão preocupada. Aquele baculejo era apenas o começo de tudo, do fim, e isso devia passar pela sua cabeça. Se ele nunca tinha sido preso ele iria ver muitas coisas naquela mesma noite, e nos dias que viriam. Seria interrogado, talvez até com um pouco mais de ênfase. Conheceria uma carceragem lotada. Teria um susto com colegas de cela piores que ele. Sofreria violências. Seria transferido para um presídio. Faria uma viagem ao fórum e confrontaria um juiz. Condenado, ficaria um bom tempo vendo o sol nascer quadrado.
Do alto, alguns andares acima, eu provava quitutes diversos e tomava vinho. Nada naquela noite me prometia surpresa alguma. Nenhum baculejo estava vindo no meu caminho. Não perguntei por quem as sirenes dobravam, não eram por mim.

segunda-feira, novembro 19, 2007

No matadouro perderei minha alma

Estaciono o carro na praça deserta. O vento arrasta papéis e poeira. É o crepúsculo e a noite se insinua na cidade. Entro num edifício amplo de tijolos aparentes, de aparência antiga. Um serviçal da casa me indica que ali já foi um matadouro municipal. Os fantasmas de milhares de bois assassinados habitam aquele lugar.
Espio com curiosidade uma estranha máquina, um antigo precursor de projetor. É um equipamento que contém inúmeras imagens em seqüência. Girando-se sua manivela, as imagens ganham vida. Mostram uma sinistra antecipação do que está por vir.
Cesso as distrações e adentro o recinto principal. Sou conduzido ao meu lugar. A luz do da se torna mais tênue. Cai o pano. Tudo é escuridão. Começa o espetáculo. Uma feiticeira anuncia na tela os horrores que estão por vir.
Eu foi assistir “À Meia-Noite Levarei Sua Alma”, filme de José Mojica Marins, o Zé do Caixão, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, bairro da Vila Mariana. Sim, eu estou obcecado por este personagem. Aproveitei os dias de far niente entre dois feriados para ver mais filmes desse diretor, enquanto a Mostra a ele dedicada prossegue. Eu simplesmente tinha que desvendar esse personagem, clássico da nossa contra-cultura.
A história se passa numa anônima cidade do interior do Brasil. Zé do Caixão é um mero agente funerário lá. Ele não é um vampiro ou zumbi, tampouco bebe sangue. Ele não tem, a princípio, nem um suspiro de outros mundos, para citar algo que vi num prefácio dum livro de Stephen King, o mestre do terror.
O poder de Zé é outro. Ele é uma espécie de macho alfa local. Ateu. Mulherengo. Único a lidar com os mortos e que não tem medo deles. Livre-pensador, sem superstições. Não se curva à Igreja Católica. Veste-se como quer, todo de preto, usa cartola e capa. Tem unhas compridas, como garras. Seu olhar é poderoso, quase hipnótico. Não tem medo, enfim.
Em plena Sexta-Feira da Paixão, após conduzir um funeral, Zé volta à sua casa. Sua companheira está lá. Anuncia a ela que está com fome. Quer carne, alimento vedado naquele dia para todos os outros habitantes do lugar. Quer carne, nem que seja humana. Come um pedaço de carneiro sob o olhar do padre que conduz a procissão. Isso já mostra muito do seu caráter.
Zé do Caixão circula pela noite. Pára na taverna, exige vinho. A história começa quando ele tem um estalo, uma idéia. Precisa ter o filho perfeito. É o momento de virada, em que um psicopata começa a surgir. E ele surge com estilo. Arranca com o resto de uma garrafa quebrada os dedos de um homem com o qual jogava cartas. Chicoteia outro aldeão. Zé é o terror da cidade, ninguém ousa enfrentá-lo.
Assim que chega em casa Zé assassina sua mulher com uma aranha venenosa. Ela não poderia lhe dar o filho perfeito. Começa a cobiçar a noiva de sua amigo Antônio. Ele é um obstáculo. Logo Zé o mata também, com um golpe na cabeça.
Uma trilha de cadáveres a ser deixada por Zé, que se mostra apenas um maníaco. Ele violenta a noiva de Antônio. Desgraçada, ela se mata enforcada. Zé mata o médico da cidade, queimado, para ocultar seus crimes, depois de lhe arrancar os olhos. A sua loucura cresce mais e mais. Cínico, realiza ele próprio os funerais de suas vítimas.
O povo desconfia, rumores sobre as mortes misteriosas crescem à boca pequena, mas ninguém se atreve a confrontá-lo.
Chega o dia dos Mortos, 2 de novembro. Zé está na taverna. Enfia uma coroa de espinhos no rosto de um paisano mais corajoso. A sua risada louca ecoa, como em muitas outras vezes.
Surge uma bela jovem, que precisa ir para a casa de seus parentes, do outro lado do cemitério. Zé do Caixão zomba das crendices da gente simples, que não se oferece para ajudar a moça. Todos tem medo do que pode acontecer com os mortos à solta neste dia. Mas ele é o líder da matilha, não pode deixar escapar esta presa, carne nova no pedaço. E nada pode atingi-lo. Teme apenas os vivos.
Após deixar a jovem em seu destino, Zé atravessa o cemitério, destemido. Desafia os cadáveres a se levantarem. Zomba de sua condição de defuntos. E da pior maneira aprende que nem tudo são crendices, quando seus mortos ressurgem para se vingarem.
Por muito tempo imaginava que Zé do Caixão fosse uma espécie de entidade sobrenatural. Era apenas um louco assassino, personagem tão emblemático quanto Hannibal Lecter ou Jason. E é coisa nossa, brasileiro como a jabuticaba. É genial criação de um de nossos cineastas mais pitorescos, José Mojica Marins. Saio do matadouro. Já é noite. Silêncio. Estariam os mortos à solta?

sexta-feira, novembro 16, 2007

D´Gajão mata para vingar no Planeta Terror

O filme muito ruim, chamado de B, sempre me atraiu. Assisto-o sem grandes pretensões, como se fossem comédias. Os mais divertidos são aqueles em que o diretor queria fazer um filme sério e, como um marido traído, só vai perceber que sua obra é recebida pela platéia com gargalhadas quando já é tarde demais e o projetor roda no escurinho.
Certa vez esperava um grupo de amigos para uma sessão de cinema caseira. Queria algo leve e nonsense para assistir. Não tive dúvidas. Aluguei a fita “A Geladeira Diabólica”, em que esse geralmente pacífico eletrodoméstico cria pernas e passa a ter instintos homicidas, esmagando à golpes de portadas os incautos habitantes de um apartamento.
Foi então com alegria que recebi a notícia que chegava às salas de cinema brasileiras o primeiro filme do díptico “Grindhouse”, projeto em que os diretores Robert Rodriguez e Quentin Tarantino se propuseram cada um a dirigir, separados, uma película B.
“Planeta Terror” é a fita de Rodriguez. O programa é completo e começa até mesmo com um falso trailer, de um hipotético filme chamado “Machete”, em que um assassino mexicano descarrega a fúria de seus facões nos caras maus e ainda fatura mulheres bonitas.
Rodriguez ainda colocou um desleixo proposital nas filmagens, fazendo parecer que a fita está riscada e arranhada. Lá pelas tantas, numa cena de sexo prestes a esquentar, um dos rolos some, com um pedido de desculpas da “gerência”.
A trama não poderia ser pior. Zumbis comedores de gente invadem uma cidade no Texas e são enfrentados por uma stripper perneta e que utiliza como muleta uma potente metralhadora. Não é péssimo? Ou melhor, não é ótimo? Estou rindo até agora.
No embalo de ver películas ruins fiquei sabendo que havia uma mostra de filmes do cineasta brasileiro José Mojica Marins em cartaz. O nome não é familiar para o grande público. Trata-se de ninguém menos que Zé do Caixão, criador e intérprete do mítico personagem. Mojica Marins se mistura com seu personagem, é como se ele fosse o Dr. Jekill e o Zé do Caixão, seu Mr. Hyde.
Vou ao cineclube. O diretor não fez apenas filmes de terror e se aventurou também pelo faroeste, drama, comédia, pornô... Leio as sinopses. “´À Meia-Noite Levarei Sua Alma´ - O agente funerário Zé do Caixão humilha e ridiculariza os ingênuos moradores de uma pequena cidade. E Zé tem uma grande obsessão: gerar o filho perfeito”. “´Inferno Carnal´ – Raquel resolve matar o marido jogando um ácido em seu rosto, para ficar com sua fortuna. Mas o marido sobrevive”.
Está passando “D´Gajão Mata Para Vingar”. Filmagem tosca. Atores canastrões. Defeitos especiais. Um bando de ciganos do Paraná sobrevive de prever o futuro e de vender artesanato na cidade mais próxima. Eles tem um conflito fundiário com o Coronel. Seu líder, D´Gajão, é o herói da história. Um capataz do Coronel mata a filha deste por acidente, ao tentar violá-la, e joga a culpa dos ciganos. Este fica furioso ao saber da morte da filha e manda seus capangas acabarem com a ciganada.
D´Gajão passa a madrugada na cidade jogando cartas e escapa do massacre. Volta ao acampamento, e, num momento “Rastros de Ódio”, encontra todos mortos. Falo de uma cena imitadíssima desse filme americano, em que o herói retorna para casa e vê tudo destruído pelos inimigos e em chamas. É clichê usado até no primeiro Guerra nas Estrelas.
O filme é tão cheio de clichês, mas e daí? Há um clássico. O menino sobrevivente do massacre dura o tempo suficiente moribundo para acusar os responsáveis, e morre nos braços do herói. Ainda lembro do garoto em seus suspiros finais: “D´Gajão, D´Gajão, os homens da fazenda...”
Sua mulher está nas garras do Coronel, e D´Gajão jura vingança. Ele se torna um justiceiro (antes da série “Desejo de Matar”), capaz de arremessar facas e sobreviver a violentos tiroteios.
O resto do filme mostra D´Gajão se livrando dos jagunços do Coronel. O cigano usa vários truques para se livrar de seus inimigos, como fugir da cadeia fingindo doença. E há cenas hilárias, como a que um bêbado que, no meio de um tiroteio, fica olhando para as pernas de duas moças escondidas. Ele caminha até elas. Suspense. Ele estica a mão para as pernas...e agarra uma garrafa de pinga ao lado...
O confronto final, numa brilhante idéia do diretor, se dá um meio às formações geológicas de Vila Velha, em Ponta Grossa, paragem que abriga aquelas belas rochas gigantes. Como num canyon de filmes gringos, os duelos do clímax se dão lá, com direito a tiroteios com eco, marchas de cavalo no pôr-do-sol, e outros clichês de faroeste. Assim que o Coronel é derrota, ele enlouquece, numa cena indescritível.
Tem muito diretor que tenta entreter as platéias e não consegue. Mojica Marins ainda não foi devidamente reconhecido. Creio que essa mostra lhe fez justiça. Ainda quero ver um filme do Zé do Caixão, e muitos outros filmes B. E viva D´Gajão, o cigano vingador

terça-feira, novembro 13, 2007

Especulação pura

Aumenta o cheiro de empulhação naquele anúncio das reservas de Tupi.
Um dia antes da Petrossauro (valha-me, Roberto Campos) anunciar seu balanço, com uma vistosa diminuição de lucros, existiu aquele evento pomposo, com fanfarra e banda de música, para santificar Lula e Dilma, os novos sheiks tapuias. As ações da empresa disparam 14%. Sobem mais 10% no dia seguinte, antes do balanço, para então as cotações desabarem como um balão furado.
Creio que foi um grande aprendizado para aqueles afoitos que compraram na alta e estão se descabelando na baixa. Não foi nenhum tubarão de Bolsa que se deu mal.
Vale sempre a lição do pôquer: Se você está numa rodada e não descobriu quem é o pato, o pato é você...
O pouco que aprendi investindo me serviu para evitar aquela arapuca.

domingo, novembro 11, 2007

Emirados Brasileiros Unidos saúda o povo...

... e pede passagem.
Uau! Super-descoberta de petróleo na Bacia de Santos! Fe-lo-me-nal!!!
Então o Brasil vai entrar para a OPEP? Barris de petróleo vão inundar nosso litoral?
Sinceramente, se fóssemos acreditar no governo, eu já poderia ter comprado uma Mercedes por conta e trocado todos meus dentes originais por uma dentadura de ouro, já que minha querida Santos vai ser inundada por royalties e petrodólares. Acenderei charutos com nota de cem.
Francamente, só serviu para alguns espertalhões especularem com ações da Petrobrás, que, claro, vai ser sempre nossa, não?