Lei Seca

Um espaço para discutir as grandes questões. Editor-chefe: Luiz Augusto

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Advogado, vive em São Paulo

terça-feira, janeiro 30, 2007

Um enclave pop na Augusta

Flanando pela Augusta, do lado Jardins, deparei hoje com a Escola São Paulo, um espaço multimídia com biblioteca, internet e, acho, local para eventos.
Na entrada há uma filial da livraria Pop. Tanto o acervo da biblioteca como da livraria são um apanhado de cultura, ora, pop. É uma mescla caótica do melhor e do pior (é um elogio!) que nossa cultura de massas produziu. A loja vende livros com a filmografia completa de alguns diretores, como Paul Verhoeven (diretor de adoráveis filmes trash-pipoca como Robocop, Instinto Selvagem e Vingador do Futuro), bonecos da Jenna Jameson em versões diaba e bruxa, e muita memorabilia de cinema e quadrinhos. Gastei um tempo folheando alguns volumes com a história das revistas masculinas no século XX, até a década de 60. O gosto para mulheres era bem diferente.
Vale a visita.

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Das coisas que tenho feito demais

Assisto demais Lost. Palavras como escotilha fazem parte do meu vocabulário atual, e já disse à uma estranha num elevador que ela parece a Kate.
Jogo demais War. Estou achando que Vladivostok, Dudinka, Aral e Omsk existem e são províncias da antiga URSS (o jogo é da época da Guerra Fria...).
Acesso demais o Google Earth. Dá uma sensação de onipotência, de que o mundo é meu, que posso ir à qualquer lugar instanteneamente. Lá vi que Vladivostok, Dudinka, Aral e Omsk não existem.

sábado, janeiro 20, 2007

Tranquem seus túmulos!

Segundo a Folha de hoje, o estilista Ronaldo Esper foi preso em flagrante sob a acusação de tentar furtar dois vasos de um cemitério. Por não ter curso superior, foi jogado numa cela junto com um assaltante e um condenado por homicídio. Cada vaso custa em média R$ 50.
Nossa, mas que perigo, não? A sociedade preservou seus valiosos vasos de cemitério.
O mais absurso é que ainda se reserva cadeia para bobagens como essa. Não é o caso de defendé-lo por ser da elite ou famoso. A questão é que há muita gente pobre presa por roubar margarina e xampu. Também estão presas por ninharias. E uma vaga numa cadeia, por mês, não sai por menos de R$ 500. Quanto custa o salário dos policiais, promotores, advogados e juízes que atuarão no caso? Barato não é.
A lei é que é absurda. Há assassinos e ladrões do dinheiro público livres e soltos por aí.
Espero que não linchem o Sr. Esper apenas por ser um quase-famoso.

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Te cuida Ricardão!

Manchete do Diário de Notícias, jornal jurídico de São Paulo, de ontem:

"Adultério poderá ser punido com prisão perpétua

Os adúlteros de Michigan (EUA) enfrentarão dificuldades após a decisão de um tribunal do Estado, que considera a infidelidade como um crime sexual, que pode ser punido até com prisão perpétua. A interpretação rigorosa de uma lei estadual levou a Corte de Apelações, a segunda mais alta no Estado, à resolução. A decisão já recebeu críticas, segundo o jornal local Detroit Free Press. (...) A polêmica decisão foi tomada num caso em que um homem tinha dado drogas a uma garçonete em troca de favores sexuais. Os juízes recuperaram uma antiga disposição estadual pela qual uma pessoa é culpada de conduta sexual criminosa ´quando a penetração sexual ocorre
sob circunstâncias que supõem qualquer outro crime grave", como foi o caso"

Essa nossa civilização parece só regredir. A liberdade humana nunca será plena enquanto o obscurantismo e tabus pautarem a pauta da dita Justiça. E isso lá é coisa de cadeia, ainda mais perpétua? Em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher. É uma coisa típica da era Bush. Não é à toa que os EUA tem proporcionalmente a maior população carcerária do mundo.
Aqui no Brasil veio em boa hora a revogação do mofado crime de adultério.

sábado, janeiro 13, 2007

O buraco...

...é bem, bem mais embaixo.
Quando o Brasil acabar de chegar no fundo do poço, vamos descobrir que roubaram até o poço. Algum leitor sabe se é de alguém esta frase? Plagiei-a? Se não, é minha, escrevi primeiro aqui.

O aparelho medidor do Ibope deste site

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quinta-feira, janeiro 11, 2007

Carnaval e luta de classes

Alguns não viram o muro de Berlim caindo. Outros foram atingidos pelos destroços e ficaram de miolo mole. Nem no Carnaval nos livramos do papo marxista. O enredo da escola paulistana Tom Maior faz um tolo ataque ao capitalismo, esse sistema que insiste em não vingar nessas plagas, com um Estado voraz e uma carga tributária de 40% do PIB.
Um link para a sinopse do enredo: http://www.sasp.com.br/a_escola_carnaval.asp?rg_carnaval=22045#.
Foi o Emir Sader o carnavalesco? Ouvi na Globo, o site da escola ainda não forneceu a letra. Pois é, capitalismo é eficiência... Melhor ficar na era pré-industrial mesmo.

sábado, janeiro 06, 2007

Isso é Brasil

Foto de Edson Silva, do blog do Josias de Souza
Como tudo, nessa era sem culpados, a culpa é dos motoristas, que insistem em trafegar e morrer nas nossas estradas. Eles tem logo que ir a pé, para que enfim o Estado de Mal-Estar Social em que vivemos possa ser reduzido e enxugado no próximo corte do Orçamento. Se forem de ônibus, podem participar de um animado churrasco de carne humana.
Meu IPVA acabou de chegar. Vou ler Desobêdiência Civil, do Thoreau, mais uma vez.
Parafraseando Drummond, essa chuva que não para em São Paulo, esse descaso, esse desprezo, deixam a gente revoltado como o diabo.
Não é o retorno do meu sonho às postagens.