O que Prison Break pode nos ensinar
Aparte todo o suposto estudo e parca fama intelectualóide que tenho, adoro um bom enlatado americano. Eles fazem a melhor TV da atualidade. Os seriados que me caem na mão, assisto, desprezando até últimos lançamentos de cinema. Lost, Roma, Sopranos, 24 Horas, vejo tudo.
Um desses programas é Prison Break, focado em Michael Scofield, um genial engenheiro que se faz prender na prisão de Fox River (*) , que ajudou a projetar, para tentar libertar seu irmão do corredor da morte.
Terminei a primeira temporada e estou esperando lançarem a segunda em DVD.
Com um pouco de olhar crítico, aparte me divertir à beça com o programa, e exageros narrativos à parte, aprendi algumas lições sobre o "sistema" americano, e que não custaria a nós copiar:
- Uma fuga de cadeia, nos EUA, é um evento tão raro, que vira até show de televisão. Se fosse banal ninguém iria querer ver. Eles levam essa afronta ao Estado tão a sério que tentar fugir, com ou sem violência, é crime punido pesadamente (aqui só é crime se houver violência, os bandidos aqui tem um jus fugendi (é isso?). E como o slogan do show diz, a fuga é só o começo. (Spoiler a seguir) Michael Scofield e seus companheiros de fuga são alvo de verdadeira caçada humana pelos policiais de Illinois, carcereiros, FBI, guardas de fronteira, Chuck Norris e Jack Bauer.
Como é em Pindorama? Temos fuga todo dia. Cada uma é apenas mais uma. Ouvimos relatos de fuga mastigando pão de manhã e de noite, sem perder o sono. Para quem foge, fugiu, tá livre.
- Nos EUA, a morte de um carcereiro ou policial é um ataque ao Estado, investigada e punida com rigor. Aqui, já morreram neste ano no Rio mais de 40 policiais. Nem na Chicago de Al Capone (um dos cenários da série) se matava tanto.
- Na Gringolândia ter ou usar celular na cadeia é crime. Aqui não é nem falta grave na Lei de Execuções Penais.
Enfim, se houvesse uma versão brasileira de Prison Break, ela não duraria muitas temporadas, como a série americana pretende. Aqui duraria uns dois episódios. No primeiro o bandido iria se preparar, subornando os guardas e comprando um celular. No segundo, sairia pelo portão da frente do xadrez.
* - Todo programa da Fox tem algo metalinguístico, como o Fox Mulder, do Arquivo X)
Um desses programas é Prison Break, focado em Michael Scofield, um genial engenheiro que se faz prender na prisão de Fox River (*) , que ajudou a projetar, para tentar libertar seu irmão do corredor da morte.
Terminei a primeira temporada e estou esperando lançarem a segunda em DVD.
Com um pouco de olhar crítico, aparte me divertir à beça com o programa, e exageros narrativos à parte, aprendi algumas lições sobre o "sistema" americano, e que não custaria a nós copiar:
- Uma fuga de cadeia, nos EUA, é um evento tão raro, que vira até show de televisão. Se fosse banal ninguém iria querer ver. Eles levam essa afronta ao Estado tão a sério que tentar fugir, com ou sem violência, é crime punido pesadamente (aqui só é crime se houver violência, os bandidos aqui tem um jus fugendi (é isso?). E como o slogan do show diz, a fuga é só o começo. (Spoiler a seguir) Michael Scofield e seus companheiros de fuga são alvo de verdadeira caçada humana pelos policiais de Illinois, carcereiros, FBI, guardas de fronteira, Chuck Norris e Jack Bauer.
Como é em Pindorama? Temos fuga todo dia. Cada uma é apenas mais uma. Ouvimos relatos de fuga mastigando pão de manhã e de noite, sem perder o sono. Para quem foge, fugiu, tá livre.
- Nos EUA, a morte de um carcereiro ou policial é um ataque ao Estado, investigada e punida com rigor. Aqui, já morreram neste ano no Rio mais de 40 policiais. Nem na Chicago de Al Capone (um dos cenários da série) se matava tanto.
- Na Gringolândia ter ou usar celular na cadeia é crime. Aqui não é nem falta grave na Lei de Execuções Penais.
Enfim, se houvesse uma versão brasileira de Prison Break, ela não duraria muitas temporadas, como a série americana pretende. Aqui duraria uns dois episódios. No primeiro o bandido iria se preparar, subornando os guardas e comprando um celular. No segundo, sairia pelo portão da frente do xadrez.
* - Todo programa da Fox tem algo metalinguístico, como o Fox Mulder, do Arquivo X)
2 Comments:
Luiz
Mto bom seu comentário!! Achei ótimo qdo disse "aqui duraria uns dois episódios". Pura verdade. Vc foi preciso.....rs.
Abraços,
Rubia
Que bom que gostou Rubia. Você curte esses seriados?
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