Notícias de minha guerra particular
Estou em guerra. As minhas batalhas consistem em enfrentar pedintes, flanelinhas, crianças malabaristas e seus pais gigolôs, ladrões de carro, hackers, e toda a espécie de assaltante, aqui na cidade de São Pauloição. Quase sempre estou na condição de vítima.
Quem acompanha este blog leu o relato do furto do som do meu, por enquanto, carro (Uma noite no cinema). Pois bem. Quinta passada, visitei um amigo na mesma região. Como o carro, à parte ele mesmo, já não tinha nada furtável, deixei-o na rua. Acreditava também tolamente no ditado: um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Cai.
Com uma cerveja na mão, caminho até a janela do apartamento de meu amigo e olho para a rua, para meu carro, dando uma checada que pensei que seria inútil (*). Há uma moça com um guarda-chuva enorme olhando para dentro do veículo, parada. Suspeito. De dentro do carro, em algo surreal para mim, sai calmamente um sujeito balançando a cabeça. Ele não achou nada para levar. Os dois seguem seu caminho e passam embaixo da minha janela.
O sangue ferve e xingo os dois. Eles me escutam, não apressam o passo e nem olham para cima, despreocupados. Meu impulso era jogar a garrafa, na cabeça deles, torcendo para que ela se espatifasse em cerveja e sangue. Contenho-me.
Digo tchau aos amigos e vou até o carro, que já era da galera, pensei. Tudo revirado no banco, nada levado. Mas agora a porta não fecha direito. Da próxima vez vou deixar tudo aberto e um cartaz dizendo que já levaram tudo, para poupar-lhes o trabalho. Ladrões 2 X Eu 0.
(*) Nota - Por acaso foi útil a checada? Só serviu para me irritar com o cinismo dos outros.
Agora outra história. Sábado à noite. Eu e um casal de amigos rumo a um bar em Santos. Paro o carro na rua. Não havia estacionamentos, já aprendi a lição, mas fazer o quê? Um flanelinha corre até o carro e já quer abrir a porta para mim, como se a rua fosse um hotel do qual ele fosse o gerente. Raiva. Ele quer um adiantamento, digo fulo que só na volta.
Vamos andando devagar até o bar. Lembro que havia esquecido o celular no carro e volto para pegá-lo. Aí vejo que uma viatura de polícia havia parado e estava revistando o flanelinha, mãos no capô. Ele é levado embora detido. Num momento Seinfeld, penso: "Bom, agora não vou precisar pagá-lo". Riso sincopado. Uma pequena vingança. Ladrões 2 X Eu 1.
Mas essa contagem é inútil. Não há muito que eu possa fazer. Deveria ter ido à polícia denunciar as duas invasões do carro, mas... Nesse jogo, tudo o que podemos fazer é perder.
Quem acompanha este blog leu o relato do furto do som do meu, por enquanto, carro (Uma noite no cinema). Pois bem. Quinta passada, visitei um amigo na mesma região. Como o carro, à parte ele mesmo, já não tinha nada furtável, deixei-o na rua. Acreditava também tolamente no ditado: um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Cai.
Com uma cerveja na mão, caminho até a janela do apartamento de meu amigo e olho para a rua, para meu carro, dando uma checada que pensei que seria inútil (*). Há uma moça com um guarda-chuva enorme olhando para dentro do veículo, parada. Suspeito. De dentro do carro, em algo surreal para mim, sai calmamente um sujeito balançando a cabeça. Ele não achou nada para levar. Os dois seguem seu caminho e passam embaixo da minha janela.
O sangue ferve e xingo os dois. Eles me escutam, não apressam o passo e nem olham para cima, despreocupados. Meu impulso era jogar a garrafa, na cabeça deles, torcendo para que ela se espatifasse em cerveja e sangue. Contenho-me.
Digo tchau aos amigos e vou até o carro, que já era da galera, pensei. Tudo revirado no banco, nada levado. Mas agora a porta não fecha direito. Da próxima vez vou deixar tudo aberto e um cartaz dizendo que já levaram tudo, para poupar-lhes o trabalho. Ladrões 2 X Eu 0.
(*) Nota - Por acaso foi útil a checada? Só serviu para me irritar com o cinismo dos outros.
Agora outra história. Sábado à noite. Eu e um casal de amigos rumo a um bar em Santos. Paro o carro na rua. Não havia estacionamentos, já aprendi a lição, mas fazer o quê? Um flanelinha corre até o carro e já quer abrir a porta para mim, como se a rua fosse um hotel do qual ele fosse o gerente. Raiva. Ele quer um adiantamento, digo fulo que só na volta.
Vamos andando devagar até o bar. Lembro que havia esquecido o celular no carro e volto para pegá-lo. Aí vejo que uma viatura de polícia havia parado e estava revistando o flanelinha, mãos no capô. Ele é levado embora detido. Num momento Seinfeld, penso: "Bom, agora não vou precisar pagá-lo". Riso sincopado. Uma pequena vingança. Ladrões 2 X Eu 1.
Mas essa contagem é inútil. Não há muito que eu possa fazer. Deveria ter ido à polícia denunciar as duas invasões do carro, mas... Nesse jogo, tudo o que podemos fazer é perder.
3 Comments:
Caraca Gutão ... que merda hein!!! abcs .. Rafa Campos
Oi...Luiz
Vc tem todos os motivos prá estar em "guerra particular". Todos estamos, não acha? Em Brasília é um pouco mais tranquilo. Temos problemas com freqüências menores. Na verdade, somos privilegiados AINDA!!! Não sei por qto tempo!!!
Nesse jogo, na verdade, somos os perdedores. Mas um dia, quem sabe, essa situação será revertida?? Acreditooooooooo.
Meu abraço,
Rubia
É Rúbia, a vida é um perde-ganha. Num a gente perde, no outro a gente apanha (D2).
Abraço,
Luiz
Postar um comentário
<< Home