Lei Seca

Um espaço para discutir as grandes questões. Editor-chefe: Luiz Augusto

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Advogado, vive em São Paulo

segunda-feira, novembro 13, 2006

Presidente por um dia

Aproveitando a lembrança de que o deputado comunista Aldo Rebelo está na de plantão na Presidência (nada contra o deputado exercê-la), é de se pensar sobre a extinção desse anacronismo em que o exercício do cargo político mais importante do país é transmitido como se fosse um cetro.
Essa transmissão do cargo é mais duvidosa que útil. O presidente deixa o território nacional e não é mais presidente? Então ele é recebido por outros chefes de Estado como um cidadão comum? Ou não? Terá pompas de chefe de Estado no exterior? O presidente de plantão é um segundo presidente? Suas ordens conflitam? Ele pode ocupar o gabinete do outro? Sentar em sua mesa? O presidente não pode comandar o país por telefone, internet, e-mails, notebooks, via satélite? O presidente por um dia pode colocar esse cargo no currículo? Terá direito às regalias de ex-presidente? No cerimonial, ele deverá ser sempre chamado de presidente, do dia de seu plantão em diante? Ele constará nos livros de História como presidente do Brasil?
Sem falar das gambiarras que surgem quando algúem da linha sucessória não quer tomar posse, para evitar a inelegibilidade em ano eleitoral. Faz como que estes tenham que sair às pressas do país para evitar que a Presidência lhe caía no colo. Já aconteceu, e sobrou para o Presidente do STF o fardo do poder.
Os presidentes, nesse momento, se perguntam: Que rei sou eu?

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

É verdade..... abcs Gutão??

24/11/06 20:39  

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